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CANTO MORNO

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Depois de um período de euforia que precede ao lançamento de mais um livro, e desta vez com o apoio do Programa de Fomento à Cultura da Prefeitura Municipal de Araçatuba, recolhi-me ao canto morno de onde posso acompanhar os primeiros passos de alguns leitores por este Descaminho dos Anjos. Há um canto morno? O leitor deve se perguntar. Se há não foi revelado no livro, nele os cantos são escuros e frios. Em algum lugar dentro de nós existe um canto morno revestido de lembranças almofadadas. Raquel, a protagonista, encontrou este canto no fundo sombrio de um corredor estranho. Para mim, o canto morno é o lugar ideal para chocar meus pensamentos, voltar ao velho bule de café que se mantém aquecido sobre o fogão de lenha, longe da pressão da garrafa térmica. Ou me deitar na rede que ainda balança amarrada em duas mangueiras. Nas minhas raízes ,   onde fico a cavoucar, me vejo observando meu avô sentado no toco de madeira recolhendo a baba que escorre num canto da boca, enquanto