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Mostrando postagens de maio, 2012

CHAMAS QUE SE APAGAM

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Estou bravamente lutando com uma temporada de seca. O céu promete que vai chover, mas um redemoinho chega levantando poeira e carrega minha inspiração. Sei que é uma estação parecida com o outono, já passei por outras. As palavras estão secas e caem como as folhas, quebradiças. A caneta brinca com pequenos rabiscos e textos inacabados são dispensados no cesto de lixo. Minha inspiração foi ceifada por uma serra. O cajueiro veio abaixo, e o meu amigo e confidente bem-te-vi procurou outro lugar para se abrigar. Inspiração é um fantasma que chega, se insinua e desaparece. Seu tempo é fugaz e, se não for capturada, com a rapidez de um raio escapa.   Um casal de apaixonados morre no primeiro golpe da caneta, abatidos por um prosador, ou poeta, em uma estação de outono. Mais um papel amassado que vai parar no lixo. Em dias estéreis um cesto cheio desses papéis rabiscados pode gerar uma piada prosaica a circular pelo mundo sem que ninguém assine a paternidade. Para evitar es