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Coisas do saci eu vivi

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  Coisas do saci eu vivi   Naquele tempo, Papai Noel entrava pelas chaminés, mula-sem-cabeça era real, e o saci vivia ali pelo campo se escondendo em moitas de bambu, quando o vento soprava forte, era fácil ouvir o chamado da sua flauta. Isso era um sinal de perigo, porém, aquele assobio que vinha das moitas de bambu atraia as crianças para suas aventuras e aqueles ouvintes atentos se juntavam armados de estilingues, bolinhas de argila e embornais. Armados, saiam aos pares, na caça ao saci. Eram personagens das próprias histórias. Oculta na mata cinzenta da memória, esta história como a ouvi ou vivi emerge das cinzas do bambuzal. Foi na Rua Rui Barbosa, de uma pequena cidade do interior de São Paulo que nasci.       No final da rua as casas e as vendas davam espaços para as chácaras, que ficaram conhecidas pelos nomes dos proprietários, Chácara do Zezico, do Messias, do Dito Carreiro e outras.       Quando nasci encontrei uma família formada por meus pais, meus avos e meus