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De moleque para moleque

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Foto Favela do Jd. Jaqueline - SP - Brazil  by cassimano A poeira da copa ainda não baixou e não vai baixar tão cedo. Em se tratando de futebol a memória do brasileiro é privilegiada.   Alguns ainda lamentam a amarga derrota do Brasil na copa de cinquenta quando perdemos para o Uruguai, também, aqui dentro de casa. Um senhor de oitenta e alguns anos ao quarto gol da Alemanha, ajoelhou-se e implorou: —Duas vezes não, meu Deus! Havia turistas querendo ficar no Brasil. Com certeza desconhecem a nossa realidade. Se pensam que tudo é festa, enganam-se. Logo descobririam que pagamos impostos altíssimos e como contrapartida, não temos saúde, segurança e as escolas não propiciam aos alunos um ensino adequado. Nem mesmo as escolas particulares são eficazes. Não sei se culpa do método utilizado ou do descaso, mas constata-se que há jovens que terminam o segundo grau e não aprenderam sequer as operações fundamentais da matemática. Presenciei um fato que muito me constrangeu: uma

Os Sonhos Não Têm Acabamento

                    Sonhos Não Têm Acabamento Ai...ai! A preguiça está buscando refúgio em mim. Não sei se é o clima mais fresquinho pedindo agasalhos ou a constatação de que outro inverno se aproxima. Em Julho torno a ficar mais idosa. De uns tempos para cá os anos começaram a acelerar seus passos e têm me provocado para uma competição desleal. Passou por mim aos sessenta, não respeitou a sinalização: “devagar”. Acelerou. Encosta no setenta e já se aproxima da curva perigosa. Não possuo o mesmo vigor para alcançar objetivos elevados, tais como o menosprezo ao tempo veloz. A preguiça me abraça. Doutor chame o guincho, a linha de chegada é aos noventa.  Hoje dou mais atenção para minha saúde. Ainda bem que guardei boas lembranças para desfiar na minha cadeira de balanço. Pensamentos utópicos me pressionam, um deles seria parar o meu relógio biológico. O outro mais utópico, resgatar princípios que se perderam. Pesquisei a respeito, mas só encontrei promessas enganosas. Diante da i

Fácil... Fácil

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Fácil... Fácil Créditos de Imagem: Biblioteca Google Image Quando cheguei, ela estava lá na recepção, animada conversava com a recepcionista como pessoa muito conhecida. Rapidamente ela nos observou, olhou para nossa bagagem e se afastou, tomou um dos elevadores e desapareceu das nossas vistas. Na manhã seguinte a vimos solitária no café e, logo depois ainda só sob um guarda sol lá estava ela na praia. Aos poucos, a estranha criatura  que parecia ter olhos apenas para além do horizonte foi se  aproximando.   Pensando bem, fui eu que me aproximei  daquela solitária figura que fazia suas refeições , curtia o sol, a praia e o mar como se as pessoas ao seu redor não existissem. Antipática... Exagerei, esta mania de julgar as pessoas a primeira vista sempre nos engana. A mulher era bem simpática,  cumprimentava a todos com um sorriso e parecia bem ambientada e querida pelos ambulantes praianos. Todo cachorro vadio e sem dono recebia dela um carinho. Quando os observ