Postagens

Mostrando postagens de 2011

FELIZ NATAL

Imagem
      A proximidade do Natal nos transporta para dias especiais da nossa vida que ficaram guardados em um recanto da memória reservado a nossa infância.   Agradeço a Deus por este pequeno compartimento onde as boas lembranças são preservadas, nele não há lugar para mágoas, nem decepções. Ele é um lugar sagrado. Inocente e puro. Nele está a criança que devemos buscar constantemente dentro de nós, é com este espírito natalino que devemos comemorar o aniversário Daquele que veio ao mundo por nós e não para si mesmo. O feliz aniversariante que nos desperta para o amor ao próximo, o respeito e a solidariedade, é o Menino Jesus, que nasceu em uma manjedoura e foi visitado por reis.   A proximidade de 25 de dezembro é um tempo mágico, os nossos sentidos parecem acordar de um sonho ruim, onde uma correria infernal nos leva para algum lugar onde não queríamos estar. Lá, onde habita a vaidade, o consumismo e o egoísmo fazendo de nós seus escravos. Mas, eis que se aproxima o Natal e com ele n

QUAL O PRESENTE?

Imagem
                 Que presente daremos? Está chegando o Natal, as preocupações vão adquirir uma leveza compatível com a data. É justo que assim seja, pois o que se anunciava a mais de 2000 anos era a vinda do Salvador. Os três REIS MAGOS não tiveram dúvidas, puseram-se a caminho para entregar ao Menino Redentor, os seus presentes. Hoje aguardamos um presente ou vários presentes. Tudo depende do poder aquisitivo de cada um, muitos contarão apenas com as sobras de uma mesa farta. Outros aguardarão com ansiedade a última mega-sena do ano, outros ainda, estourarão os cartões de créditos procurando agradar a quem não quer ser agradado com presentes,   mas com   atitudes de respeito e carinho. Há aqueles, ainda, que derramarão sua saúde em taças e brindarão com veneno a toda velocidade destruindo vidas. Mas, e o presente? Que presente daremos? Será o presente mais importante que o futuro? Para um filho, caso o pai tenha posses, dará a moto dos sonhos dele. Aquela dos seus pesadelos. Dará. É

RECONHECIMENTO LÁ FORA

Imagem
Veja na coluna, página 5 do Jornal Empresas e Negócios a resenha com a divulgação do livro " 0 Diário de Vó Lina " de minha autoria.   Livros em Revista Ralph Peter ( ralphpeter@agenteliterarioralph.com.br ) José Antonio de Azevedo – Biblioteca 24X7 – Saga romanceada de membro de família de retirantes nordestinos instalados em São Paulo em meados do século XX. Óbvias passagens de sofrimento, solidariedade e total superação, são ingredientes deste verdadeiro libelo à determinação humana. Denso e verdadeiro. Transição Guimarães Rocha – Fausto Furlan (ilustr) - Life – O autor que possue o recorde de lançar 15 livros num só dia, transformado em arauto da ótima literatura pantaneira, homenageou a Academia Sul-Mato-Grossense de Letras, reunindo pouco mais de cinquenta de seus membros. Obra de fôlego, permeia biografi as ilustres e os reverencia sem teor bajulatório, restando tão somente o meritório. Justa e belíssima homenagem. Grandezas da Literatura Sul-Mato-Grossense Jacqueline

DA VOVÓ PARA OS NETOS

Imagem
Hélio Consolaro* Capa do livro O  livro “Diário de Vó Lina” é digno de leitura para quem gosta de suspense e mistérios.  Se fosse transformado em filme ou novela, os espectadores roeriam as unhas defronte à tela. Emília Goulart aplicou bem a teoria básica do romance, que é segurar o leitor, fazer com que não largue a leitura de forma alguma. Confesso que ao meio do livro, desconfiei daquela família tão bem estruturada. “Esse José Antônio não me engana” – pensei várias vezes. Apesar de eu ser um leitor um pouco mais experiente, essa adivinhação do final não ocorre em narrativa bem construída. Mas causar surpresa ao leitor no final é apenas uma das tantas teorias existentes. Emília Goulart empobreceu o seu livro ao misturar arte com a política. Jorge Amado só passou a fazer sucesso depois de “Gabriela, Cravo e Canela”, quando deixou de fazer catequese comunista em seus livros. Escrever artigos esbravejantes em blogs, xingar políticos nas redes sociais, escrever cartas às coluna

A REAL DESVALORIZAÇÂO

Imagem
Certo dia, após ter nos feito uma visita, ao sair minha cunhada viu na calçada perto do meu portão uma moeda de dez centavos. Meu filho Eduardo tinha uns quatro anos, vendo-o por perto ela disse: — Olha aí, Dadinho, pegue-a. Ele prontamente respondeu: — Quanto a senhora me paga?

FLAGRANTE DA VIDA REAL

Imagem
Meu sogro costurava em sua pequena alfaiataria, quando o pedal da velha máquina se soltou. Um vizinho se prontificou a consertá-lo, foi até a sua casa e logo retornou equipado para a solda. Após limpar o lugar que deveria soldar, avisou: — Este pedal já foi soldado. Meu sogro coçou a cabeça, fez alguns cálculos e respondeu: — Hoje, ele deve ser general. Reforme-o. Emília Goulart Membro do Grupo Experimental

SOLIDÃO

Imagem
Não tenho falado com os pássaros, hoje notei esta ausência no meu rotineiro amanhecer. Meu dia tem começado mais tarde, os pássaros já se fartaram com algumas migalhas colhidas fora do meu quintal. Abrigaram-se à sombra de uma árvore distante. Também, ando afastada do meu hábito de olhar para o céu. Uma telinha ridícula capturou as paisagens, ficou muito fácil um encontro com Deus, basta um clic e ele está ali, disponível para expulsar demônios, dar carros e mansões, atender nossos desejos, desde os mais profanos. A felicidade deste paraíso tem custo, é lógico! Assim como não se reza quando a vida está calma, não olhamos para o céu quando ele está limpo, livre das nuvens negras. Será que aquele céu que admiramos e tememos é o mesmo que irá nos abrigar? Repousaremos nos flocos brancos de nuvens como se fossem almofadas, ou nos ocultaremos por trás das nuvens negras temendo o que ainda há de vir? Não quero cair em nenhuma boca faladeira onde a língua chicoteia o céu sem piedade, não

O DIÁRIO DE VÓ LINA

Imagem
 Artigo publicado no Jornal Folha da Região em 21/07/2011

LANÇAMENTO DO LIVRO " O DIÁRIO DE VÓ LINA"

Imagem
Amigo(a) Muito me honrará a sua presença no lançamento do livro   O Diário de Vó Lina,  de minha autoria.  Quero repartir com você a imensa alegria que estou sentindo por conseguir realizar mais este sonho. As palavras que eu escrevi foram para você, para mim também. Aceite-as e compartilhe-as comigo. Muito obrigada Emília Goulart

A MULHER INVISÍVEL

Imagem

RAIO X DA SALA

Imagem
Na pequena sala de espera, pessoas se acotovelavam aguardando a vez para fazerem seus raios X. Raios, nunca se viu tanta gente ali reunidas. Para o congestionamento havia uma explicação, “Temos dois aparelhos, um está quebrado, há dois dias aguardamos um raios X”.   Tosse de um lado, espirros do outro. Minha agenda aberta sobre o nariz e a boca, foi o recurso profilático adaptado para aquele momento.   Bem, os ouvidos captando as conversas nebulosas, que circulam nesses espaços, algumas chegavam até eles em monossílabos cochichados, outras em alto e bom som, para que todos ficassem mesmo sabendo as fofocas explícitas, pipocavam de vez em quando. Mas foi para essa conversa que tirei o chapéu, ou melhor, empunhei minha arma e disparei a anotar em meu profilático recurso, a agenda. — Gripe, pé quebrado, braço ou pneumonia? — Olha cara, cheguei lá com o pé quebrado, não leram o encaminhamento e fizeram raios X do tórax, saí de lá com diagnóstico de pneumonia. Agüentei a dor e desconfort

UMA SOMBRA PARA A MOÇA

Imagem

VIVI OU OUVI?

Imagem
Naquele tempo, Papai Noel entrava pelas chaminés, Mula-sem-cabeça era real, e o Saci vivia ali pelo campo se escondendo em moitas de bambu. Quando o vento soprava forte era fácil ouvir o chamado da sua flauta. Isso era um sinal de perigo, porém, aquele assobio que vinha das moitas de bambu atraia as crianças para suas aventuras e aqueles ouvintes atentos se juntavam armados de estilingues, bolinhas de argila e embornais.         Armados, saiam aos pares, na caça ao Saci. Eram personagens das próprias histórias. Hoje, ao revolver as cinzas do bambuzal, oculta na mata cinzenta da memória, encontrei esta história como a ouvi; ou vivi. Na Rua Rui Barbosa, de uma pequena cidade do interior de São Paulo, nasci.                     No final da rua as casas e as vendas davam espaço para as chácaras, que ficaram conhecidas pelos nomes dos proprietários: Chácara do Zezico, do Messias, do Dito Carreiro e outras.                   Quando nasci encontrei uma família formada por meus pais, meus

REFLEXÃO

Imagem
                                        Há algum tempo, quando o exemplar diário da Folha da Região chegava a minha casa eu era a primeira pessoa a ler. Fazia-o com prazer e curiosidade. Hoje, não mais. Sinto-me desgastada com as notícias que me desgostam. Não é culpa do jornal. Ele é informativo, e esta é a função de um matutino diário. Porém, tenho preferido ser desinformada. Da televisão recrutei os desenhos, e dos jornais a página cultural. Isto me basta, para que ocupar meu já cansado cérebro e meu preguiçoso coração, com notícias que me desagradam. Não sou separatista e para mim tudo que existe em forma de gente, são pessoas, seres humanos, que se respeitosos, merecem respeito. Lado a lado duas notícias publicadas no exemplar do dia 11/01/2011 me chocaram, provocando em mim reflexões. “Deputados vão receber R$100mil em um mês” e “Estado vai fazer cirurgias gratuitas para transexuais”.     A segunda notícia transportou-me para os hospitais sem leitos, remédios e médicos, para a

A ÚLTIMA PASSARELA

Imagem
     Caminhou pelo quarto quase vazio, algumas peças de roupas amontoadas na cadeira, outras esparramadas pelo chão. O casal acabara de comprar o guarda-roupa. Madeira pura, ela garantiu. Tentou com esse argumento conseguir mais alguns trocados. A moça olhou para ela, depois para o noivo que estava ocupado em descobrir um defeito que reforçasse a pechincha.               — É madeira de lei, pode examinar bem. O noivo, percebendo a intenção, reforçou:   — Mesmo que fosse de ouro, nem um tostão   a mais.                Sem outras palavras a vendedora estendeu a mão. As manchas senis explodiram em gargalhadas.                           Ao saírem a moça sussurrou: — Parkinson — Não, abstinência alcoólica. Restavam ainda a cama, uma mesinha redonda, a cadeira quebrada e o espelho, nada de valor, nem mesmo as possíveis imagens que por ventura   aquele espelho pudesse   ter guardado. Olhou compadecida para os velhos trastes, enquanto que, no espelho, algumas   imagens relâmpago despediram-s

VAMOS BATER PAPO

Imagem
 Quando os avós envelheciam depressa demais, eles tinham uma necessidade de nos contar suas histórias, muitas vezes se escondiam por detrás de personagens fictícios. O diálogo não podia ser aberto, porque tanto o mal como o bom exemplo seriam imputados a eles, não havia a televisão para carregar a culpa. Hoje como a medicina nos garante mais tempo de vida, queremos ter exclusividade sobre o tempo excedente e sabe o que fazemos? Sepultamos nosso passado. A desculpa mais usada é de que os jovens não querem ouvir ou não se interessam.                   Saudosismo, este sentimento que nos leva ao passado, pode muito bem ser compartilhado com os jovens. Eu não quero deixar para meus netos um passado sem histórias, divido com eles meu passado e meu presente, só não falo de doenças, porque descobri que nem os próprios velhos se agüentam quando o assunto fica pálido. Lição de moral, como ensinou-me um mestre, deve ficar no final da fábula. Mas lembrar sempre é bom: Doença e sexo depois do

UM POUCO DE MIM

Imagem
Este mim que fugiu da mimada filha única, para aprender a repartir o pão com uma ninhada de primos filhos de uma tia. A tia mais querida do mundo. Foi com ela que aprendi o muito que sei de educar e amar. Foi com ela também que aprendi a embalar os sonhos e só desembalá-los quando o momento for oportuno. Foi assim que ocultei meu grande sonho de ser escritora. Tornei-me costureira muito cedo e foi nessa honrosa profissão, que já na adolescência dei meus primeiros pontos. Lembro-me bem de ter costurado uma perda com pontos de saudade, depois de muitos furos nos dedos fui trabalhar como secretária em um consultório, o médico era competente e muito mal humorado.   Descobri logo que poderia costurar aquele mau humor com pontos de ternura, porém, esses pontos foram virando um nó tão mal compreendido que me obrigou a procurar um novo emprego. Ele ficou tão ofendido que rasgou o pano da amizade e por pouco não o jogou na lama. Continuei com minhas aulas de costura, aprendi que tem o pont