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O Segredo do Casarão

                                                         O Segredo do Casarão O casarão antigo, afastado aproximadamente cem metros da trilha, chamava a atenção por sua bela arquitetura. Não que eu entendesse alguma coisa sobre arte ou engenharia, mas apesar do desgaste ele se mantinha imponente; grandioso, belo e mal assombrado.   Todos os anos eu ia passar as férias escolares no sítio do meu avô materno. Não era perto e a viagem durava aproximadamente de três a quatro horas em cavalos bons de marcha, único meio para chegar até lá no início dos anos cinquenta. Saíamos de casa na madrugada, pois o objetivo era chegarmos para o almoço. Meu pai gostava de seguir pela estrada velha. Ganhava tempo e tinha água fresca a vontade para matar a sede dos animais e a nossa. Ele conhecia todas as trilhas, por ter nascido naquela região. De cada tapera abandonada ele tinha um causo para contar. O sitio dos Messias era parada obrigatória para descanso e um bate papo regado a cafezinho.   Os pr

Entre tantas coisa

Borboletas Carpideiras

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                                                           Borboletas Carpideiras Certos animais contam com o carinho e proteção de algumas pessoas, contudo, são detestados e temidos por outras. Borboletas, com elas mergulho em devaneio ao observá-las, naquele bailado aéreo,   para mim elas são lindas e lépidas, não as vejo apenas como insetos lepidópteros. Se as tivesse conhecido com este estranho nome, por certo sentiria medo, mas foram-me apresentadas como borboletas. Na infância adorava caçá-las, com delicadeza colocava-as entre as folhas dos meus cadernos, eram ao mesmo tempo brinquedos e adornos. Como me afeiçoei ao bichinho! Já ouvi as mais variadas histórias sobre as mesmas, algumas belas outras aterrorizantes. Disseram-me certa vez que borboletas eram almas de pessoas jovens, que voltavam a terra para um passeio. Se por um acaso se apaixonassem, arrastavam seus namorados para uma sepultura , festivas, convidavam as amigas para um banquete, onde eles seriam devorados.

Tempo Perdido

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Estou relendo meus velhos textos, alguns achei que merecem um lugar no meu Blog. Espero que gostem da seleção que separei para postar aqui toda quinta-feira.                                                                                   Tempo Perdido Perdemos tanto tempo, da nossa curta existência, com pressentimentos e ressentimentos tolos. Caso isto te lembre alguma letra de música, pode estar certo você não se enganou.   Hoje acordei com aquela música tão bem interpretada pela cantora Vanusa e também fui vasculhar minhas gavetas. Não perdi nada, mas guardei muita coisa que poderia bem ter jogado fora.   Pequenas magoas, alguns desenganos guardados por tanto tempo que não fazem mais sentido e apenas atormentam lembranças das   velhas amizades. Como podemos ser tão cruéis?   Já não nos lembramos direito os motivos que nos afastaram, mas evitamos caminhar pela mesma calçada. Certamente você também tem algum comentário, ofensa ou magoa guardados por ressentimentos tolos.

Velhice Sem Traumas

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                                                                Velhice Sem Traumas Relutamos muito em assumir nossas dores, melancolias, saudades e tentamos passar às outras pessoas uma juventude que não nos veste bem. Nosso inabilidade com a nova tecnologia que nos afrontam com seus números botões, zombadores da nossa imperícia em manipulá-los. Atestam a velhice que negamos.   Inoportuna ou não, a velhice chega e precisamos aceitá-la. Não sabemos por quanto tempo conviveremos, espero fazer uma longa amizade com minha velhice, tentarei me ajudar mais, reclamar menos, ser no mínimo suportável ao próximo. Eliminar todo ranço do passado. Do meu álbum quero rasgar as páginas que revelaram magoas e colorir de novo as que   registraram felicidade.   Se você como eu se acomodou no engodo de que a vida começa aos quarenta e já chegou aos setenta está na hora de rever seus conceitos, pois continuar pousando de mocinho ou mocinha começa a ficar ridículo. Ao se deparar com a minha sin