O tempo de cada um

 O tempo de cada um

Cada uma vivendo dentro do seu próprio tempo. O tempo que pode ser ontem, hoje ou o amanhã, este ilustre desconhecido que me permite estar aqui, um dia vai se apresentar com uma ordem de despejo.

No meu tempo vive uma mulher apaixonada pela vida e por tudo que faz. Amo meus carrapatos e pulgas. A eles dei nomes, Dulcy, Junior, Chy, Huguinho  e Dadinho. Eles muitas vezes me provocam coceiras, mas, não sei se ouvi ou acabei de criar; filhos são sarnas que a gente coça com gosto.

 Nos meus romances, encontrarão mulheres de todas as cores, raça e classe Mas, eu poderia ser a vó Lina, uma filha exemplar dedicada à família sem abandonar os sonhos de ser ela mesma. Talvez, Raquel, a menina que viveu na prisão fria e indigna, conheceu outras garotas como ela, sem nenhuma perspectiva de dias melhores. Entre elas Judith e Marta que ao sentirem a solidão fizeram suas tristes escolhas.

Poderia ainda ser a Rosa, que no convívio com o preconceito aprendeu a se impor, sem livrar-se dos chinelos ou dos cabelos pixaim, mostrou que vale a pena lutar pelo que somos e acreditamos.  Ainda há mulheres com suas razões para vagarem ao acaso pelo tempo,  como Safira que nunca sabe o que ela quer.

E assim vou dando vida própria aos meus personagens. Eles são cópias de nós mesmos.

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